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5 DIRETORES MARCANTES DO CINEMA BRASILEIRO

Se você é apaixonado por Cinema, sonha em ser ator e quer trabalhar com isso, é crucial conhecer não só atores renomados, mas também todos os pensadores, criadores e profissionais relevantes que envolvem a produção Audiovisual do Brasil. Entre altos e baixos ao longo da história do Cinema e do nosso país, diversos nomes se destacaram como diretores por deixarem sua marca no Cinema Brasileiro, que enfrenta até hoje dificuldades mas nunca deixa de orgulhar e representar nossa cultura. Homenageando a Cinemateca Brasileira, que é uma instituição de grande importância para a preservação e valorização da nossa trajetória artística e cinematográfica, nós da Escola de Atores Wolf Maya, como grandes admiradores dos nossos artistas, selecionamos para você 5 diretores marcantes no Cinema Brasileiro que você precisa conhecer. Confira!

 


 

1 – FERNANDO MEIRELLES

Fernando Meirelles durante as gravações do filme “Dois Papas” (2019).

 

Embora Fernando Meirelles tenha ganhado muita atenção nos últimos tempos por seu filme “Dois Papas” (2019) – que concorreu ao Oscar e ao Globo de Ouro em 2020 –, seu nome já é consagrado dentro do Cinema Brasileiro desde muito antes. Em seu currículo, o diretor carrega a direção de filmes como “Cidade de Deus” (2002) – que é o único filme nacional até agora a receber quatro indicações ao Oscar nas categorias de melhor diretor, melhor roteiro adaptado, melhor edição e melhor fotografia – e o indicado ao Globo de Ouro de melhor diretor “O Jardineiro Fiel” (2005).

Tendo uma vasta carreira em Hollywood até hoje, Fernando Meirelles não abandonou suas raízes, pelo contrário: é hoje co-fundador de uma das maiores produtoras do Brasil, a O2 Filmes, e também foi o responsável pela direção artística da Cerimônia de Abertura dos Jogos Olímpicos Rio 2016.

 


 

2 – ANNA MUYLAERT

Anna Muylaert durante as gravações de “Durval Discos” (2002), seu primeiro longa como diretora.

 

A diretora Anna Muylaert começou sua carreira na área de roteiro, que até hoje ainda é sua especialidade e onde se destaca. Com seu trabalho, marcou uma geração inteira ao integrar o grupo de roteiristas e criadores de alguns clássicos da TV Cultura para o público infantil, como “Mundo da Lua” (1991) e “Castelo Rá-Tim-Bum” (1995).

Indo contra as baixas estatísticas de mulheres assumindo o posto de direção, Anna inspira atualmente milhares de jovens mulheres a seguirem buscando o cargo. Em 2002, estreou seu trabalhou como diretora de longa-metragem, além de roteirista, no filme “Durval Discos” (2002), que levou o prêmio de melhor filme e melhor direção no 30º Festival de Cinema de Gramado. A partir desse ponto, consolidou sua fama como diretora em filmes como “É Proibido Fumar” (2009), com Glória Pires e Paulo Miklos, “Que Horas Ela Volta?” (2015) – premiado no Festival de Sundance e no Festival de Berlim – e seu último trabalho “Mãe Só Há Uma” (2016), que foi exibido em fevereiro de 2016 no Festival de Berlim e trabalha questões de adoção e identidade. Também em 2016, recebeu o convite para se tornar membro da Academia do Oscar.

 


 

3- ZÉ DO CAIXÃO (JOSÉ MOJICA)

Diretor José Mojica ao lado de seu personagem e apelido “Zé do Caixão”.

 

Considerado o “pai” do terror nacional, José Mojica (ou Zé do Caixão, como era chamado em homenagem ao seu personagem mais famoso) influenciou diversas gerações de cineastas com suas obras. Além de diretor, o artista também era roteirista e ator, e por isso também participou diversas vezes interpretando ou dublando seus próprios filmes.

Apesar de não ter sido muito apreciado dentro do Brasil, durante sua carreira Mojica dirigiu 40 produções e atuou em mais de 50 filmes, que passaram a ser considerados “cult” no cenário internacional, ganhando prêmios e visibilidade. Em 1964, com o lançamento do filme “À Meia Noite Levarei Sua Alma”, o diretor eternizou seu personagem Zé do Caixão, um agente funerário sádico com roupas pretas, cartola, capa e unhas longas, que voltou a aparecer em outros trabalhos como “Esta Noite Encarnarei No Teu Cadáver” (1967), “O Estranho Mundo de Zé do Caixão” (1968) e “Encarnação do Demônio” (2008). Ele também criou “O Estranho Mundo do Zé do Caixão”, um programa de 2008 de entrevistas no Canal Brasil que teve 7 temporadas.

Zé do Caixão teve grande relevância na história do Cinema Nacional, influenciando o movimento do Cinema Marginal nos anos 1960 e sendo usado como referência cultural até os dias de hoje.

 


 

4- NELSON PEREIRA DOS SANTOS

Diretor Nelson Pereira dos Santos dando orientações durante filmagens de “Memórias do Cárcere”, 1984.

 

Sendo um grande fã apaixonado por Literatura, Nelson Pereira dos Santos é um diretor brasileiro que ficou famoso principalmente por adaptar grandes clássicos da literatura nacional para o Cinema. Esse foi o caso de “Vidas Secas”, obra de Graciliano Ramos que teve sua adaptação dirigida por Nelson Pereira e é um dos filmes brasileiros mais premiados de todos os tempos, sendo reconhecido como obra-prima.

O diretor é considerado um dos cineastas mais importantes do Brasil. Entre 1960 e 1970, Nelson Pereira dos Santos fez parte do grupo de artistas responsável pela fundação do movimento conhecido Cinema Novo, que buscava levantar críticas sobre a desigualdade social e criar produções que representassem o Brasil, e não somente imitassem Hollywood.

Nesse período, o cineasta estreou no cargo de diretor com o filme “Rio, 40° graus” (1955), que é um semidocumentário sobre pessoas do Rio de Janeiro e acompanha um dia na vida de cinco garotos de uma favela. Por sua temática crítica e social, o filme foi censurado durante a ditadura até ceder à pressão popular pela estreia, mas hoje é considerado pela Associação Brasileira de Críticos de Cinema (Abraccine) um dos 100 melhores filmes brasileiros de todos os tempos.

Nelson Pereira dos Santos foi (e é até hoje) muito importante na formação de uma nova geração de diretores brasileiros, entre eles Glauber Rocha, que foi seu assistente de direção no seu filme seguinte “Rio, Zona Norte” (1957).

 


 

5 – GLAUBER ROCHA

Glauber Rocha gravando “Terra em Transe”, 1967.

 

Nessa lista não poderia faltar de maneira alguma o cineasta, escritor e ator Glauber Rocha. Considerado até hoje um dos grandes nomes do Cinema Nacional, o diretor ficou famoso por dar novas caras para as produções nacionais, expandindo de vez o movimento Cinema Novo, valorizando e criticando a cultura brasileira em seus filmes.

Começou na direção de longas-metragens com “Barravento” (1962) e já foi premiado no Festival Internacional de Cinema de Karlovy Vary na Tchecoslováquia em 1964. Em seguida, com seu filme “Deus e o Diabo na Terra do Sol” (1963) considerado um clássico nacional, ele conquistou o Grande Prêmio no Festival de Cinema Livre da Itália e o Prêmio da Crítica no Festival Internacional de Cinema de Acapulco. No entanto, foi “Terra em Transe” que lhe consagrou como o grande diretor que foi, lhe rendendo indicação à Palma de Ouro, o Prêmio Luis Buñuel na Espanha, o Grande Prêmio do Júri da Juventude de Melhor Filme do Festival Internacional de Cinema de Locarno, e o Golfinho de Ouro de melhor filme do ano, no Rio de Janeiro. Em 1968, levou o prêmio de melhor direção no Festival de Cannes por “O Dragão da Maldade contra o Santo Guerreiro”.

Apesar de perseguido pela ditadura e se vendo obrigado ao exílio, Glauber Rocha foi e é até hoje um grande mestre e representante da cultura brasileira, que merece valorização e estudo. Hoje, grande parte de suas obras pertencem ao acervo da Cinemateca Brasileira.

 


 

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