No ar na reprise de “Fina Estampa” – novela que foi exibida entre 2011 e 2012 – Tânia Khalill, atriz da família Wolf Maya, falou para o site Glamurama sobre sua sua carreira, vida nos USA e o isolamento social. Tânia foi aluna da primeira turma da Escola de Atores Wolf Maya e é um grande orgulho para nós, em sua trajetória marcou história em novelas de grande audiência como ” Senhora do Destino” dando vida a Nalda, “Caminho das Índias” na pele de Duda e “Salve o Jorge” interpretando Ayla. Leia os trechos principais da entrevista de nossa ex aluna.
Longe das tramas desde “Joia Rara”, em 2013, a atriz e o marido, Jairzinho, decidiram se mudar para Nova York, nos Estados Unidos, onde Tânia tem se dedicado à pesquisas e cursos de cinema e atuação. Segundo ela, a ideia é justamente aperfeiçoar o seu trabalho, além de ser também uma experiência enriquecedora para as filhas, Laura e Isabella: “A vida em NY é um redescobrir todos os dias, fazendo mil funções que eu nunca fiz, reiniciando uma carreira no exterior. O meu trabalho tem sido muito bem visto”, revela.
Tem algum projeto futuro que pode nos contar?
Meu projeto no futuro é continuar a minha pesquisa interna para me tornar melhor, fazer muito cinema e televisão aqui fora e no Brasil. E, principalmente, seguir com nosso projeto Grandes Pequeninos, que toca tantas famílias, tantas crianças e tem tanto propósito no seu alcance artístico, que é de iluminar, espalhar o amor através da música.
Como está lidando com esse período de isolamento social?
O isolamento social é desafiador, mas eu estou tendo muitos ganhos internos. A meditação está sendo cada dia mais potencializada, minha relação com minhas filhas também. Mas, claro, tenho momentos de altos e baixos. Mas todo dia eu acordo e me proponho a ter esperança.
Sente falta de atuar em novelas no Brasil?
Eu amo fazer novela, eu amo o Brasil! A minha última novela foi “Joia Rara”, depois que ela acabou eu fiz algumas séries e três peças seguidas. Além de ter focado no Grandes Pequeninos, projeto premiado e que foi apresentado pelo país inteiro durante dois anos, além dos Estados Unidos algumas vezes.
Qual foi a importância de Fina Estampa em sua carreira?
Uma importância enorme. Acho que como atriz, principalmente, fazer um processo e um projeto longo como são as novelas, o amadurecimento emocional e profissional é gigante! Além do pessoal, porque é a trajetória de um ano da vida. Então, eu agradeço muito Fina Estampa pela oportunidade de trabalhar com pessoas que me deram a primeira chance como o Wolf Maya e o Aguinaldo Silva, além de ter o privilégio de contracenar com Arlete Salles. Ser filha dela na ficção é um privilégio para qualquer atriz. Também aprendi muito fazendo uma personagem que tinha uma filha adolescente. Agora, quase 10 anos depois, eu estou vivendo essa situação. A Letícia tinha várias questões afetivas a superar para poder encontrar o amor. Lembro que, na época, muitas pessoas me falavam sobre isso, pediam para eu abrir o coração e deixar a Letícia ser feliz. Eu acho que essa é uma mensagem que a gente sempre gostaria de passar para os outros, de uma segunda chance, de esperança, de que sempre existe a possibilidade de um mundo melhor, de um amor. Eu tenho muito carinho por essa personagem.
Você está acompanhando a novela? É muito autocrítica?
Eu estou acompanhando pelo Globoplay, pois estou morando nos EUA. E, sim, sou muito autocrítica, quando a gente vê um trabalho quase 10 anos depois, percebe o que poderia refazer. Mas eu tenho muito orgulho do que eu fiz naquele momento. Tem coisas que eu adoro, coisas que talvez eu refizesse, mas isso é coisa do ator ou de qualquer profissional que está em crescimento. E acho que a atuação, mais do que nunca, anda com o nosso amadurecimento como pessoa, que ajuda na compreensão das questões que o personagem está vivendo, no ponto de vista, na lente que a gente coloca para olhar a emoção e na realidade do personagem.
Como está a repercussão para você? Tem recebido muitas mensagens do público?
Eu recebo tanta mensagem nas redes sociais… Nas ruas, as pessoas me pedem para voltar a fazer novela, estão adorando a Letícia, esse amor que por parte dela é muito sincero e verdadeiro. Eu fico feliz de anos depois receber tanto carinho do público, talvez até mais agora do que na época. Ou mesmo porque agora é uma situação tão inusitada, e as pessoas gostam de reviver.