[:en]PEÇA “A HORA DA ESTRELA” COM DIREÇÃO DE DAN ROSSETO[:pt]PEÇA “DOGVILLE” COM DIREÇÃO DE DAN ROSSETO[:]
Viva Clarice Lispector!
Nascida em 1920, em Chetchelnik, na Ucrânia, veio em 1922 para o Brasil. Sua família, de origem judia, chegou no ano da Semana de Arte Moderna, berço do movimento do qual Clarice faria parte décadas depois. O clã dos Lispector se instalou em Recife, onde Clarice cresceu e, depois do falecimento da mãe, junto com o pai e as irmãs, ela se transferiu para o Rio de Janeiro. Os primeiros escritos e experiências, que depois marcariam seus melhores contos, vieram do período em que viveu na capital pernambucana. A Hora da Estrela é o último romance escrito por Clarice Lispector e um dos marcos da literatura brasileira. Foi publicado em 1977 — mesmo ano de falecimento da autora, vítima de câncer aos 56 anos — e traz uma temática bastante atual. Clarice tinha consciência da sua diferença e mesmo arriscando-se ao rótulo de escritora difícil ela não conseguia abrir mão do seu traçado. Nesta obra, ela aborda o embate entre o escritor moderno e a condição indigente da população brasileira. Isto sem deixar de lado a reflexão sobre a mulher.
A discussão se arma a partir de estórias que se entrecruzam, como num acorde musical: a da vida de Macabéa, imigrante nordestina que vive desajustada no Rio de Janeiro; e a de um narrador que divide suas angústias de escrita e o seu sofrimento em não conseguir descrever fielmente a situação de sua personagem principal. A miséria humana é a causa de sua maior dificuldade no processo criativo da autora. Como homenagem pelo centenário de seu nascimento, 13 atrizes – coincidentemente o mesmo número de títulos que a autora deu ao livro – provocadas por um diretor, construíram essa narrativa / exercício onde todas são Clarices e Macabéas, assim como os demais personagens que permeiam toda a obra. A peça dentro da peça, trata da função coletiva da arte em sua interminável busca pela perfeição através da experiência verdadeira da autodescoberta.
“Tem gente que cose para fora, eu coso para dentro” – Clarice Lispector
Com um processo de criação aprofundado e coletivo, explorando uma nova linguagem em tempos de isolamento social, o elenco e o diretor Dan Rosseto construíram este trabalho a partir de encontros online, resultando nessa montagem teatral que será transmitida ao vivo pelo Zoom.
Curtíssima temporada, não perca!
Datas: 29 e 30 de maio de 2021
Horário: Sábado às 19h00 e domingo às 15h00 e às 19h00.
Observações: As apresentações da peça acontecem com transmissão online via plataforma Zoom. Para assistir ao espetáculo, basta adquirir seu ingresso pelo Sympla.
ADQUIRA SEU INGRESSO PARA A APRESENTAÇÃO DO DIA 29/05 ÀS 19H00
ADQUIRA SEU INGRESSO PARA A APRESENTAÇÃO DO DIA 30/05 ÀS 15H00
ADQUIRA SEU INGRESSO PARA A APRESENTAÇÃO DO DIA 30/05 ÀS 19H00
Para resolver questões ou tirar dúvidas referentes aos ingressos, pedimos que por gentileza encaminhe um e-mail para: imprensa@wolfmaya.com.br
Elenco:
Any Mikaelly – A Culpa É Minha
Beatriz Zuchi – A Hora Da Estrela
Flávia Luque – Ela Que Se Arranje
Giovanna Florencio – O Direito Ao Grito
Garcia – Quanto Ao Futuro
Inaiê Kariny – Lamento De Um Blue
Julia Ferrari – Ela Não Sabe Gritar
Kamila Bercowith – Uma Sensação De Perda
Manu Casado – Assovio No Vento Escuro
Mari Lima – Eu Não Posso Fazer Nada
Maria Clara Quilez – Registro Dos Fatos Antecedentes
Marília Vicentin – História Lacrimogênica De Cordel
Victória Louise – Saída Discreta Pela Porta Dos Fundos
Atriz Convidada: Nicole Cordery (Clarice Lispector / Off)
Ficha Técnica:
Autor: Clarice Lispector | Direção e Adaptação: Dan Rosseto | Preparação Corporal: André Capuano | Preparação Vocal: Adriana Pires | Iluminação e operação de luz: Beto Martins | Figurino: Elenco | Assistente de Direção: Marianna Barbosa | Equipe de Transmissão: André Breternitz, Daniel Lopes, Gabriela Zago, Heitor das Neves e Willian Ruiz. | Produção Executiva: Rodrigo Trevisan | Marketing: Caio Bigliazzi | Designer Gráfico: Felipe Barros | Coordenação Pedagógica: Josemir Kowalick | Coordenação Geral: Hudson Glauber.
ESPERAMOS POR VOCÊ!
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[:pt]A peça “Dogville” é um estudo da obra de Lars Von Trier, que ganha montagem dirigida por Dan Rosseto, com elenco formado pelos alunos da turma M5B do Curso Profissionalizante de Atores. A peça entra em cartaz, com estreia transmitida ao vivo via Zoom, entre os dias 10 e 12 de dezembro de 2021, sexta e sábado às 21h e domingo às 19h.
DOGVILLE
A DESCONFIANÇA DO BEM
“Não confundam justiça com vingança. A vingança estraga quem sente! Jamais podemos contar com a maioria silenciosa, pois o silêncio é frágil, e o povo com medo, está muito desorganizado. Os que puderam protestar soaram como vozes gritando no deserto. O barulho é relativo ao silêncio que o precede. E quanto mais absoluta a quietude, mais devastadoras as palmas!” -trecho do NARRADOR na abertura da peça.
Anos 30, na época da Grande Depressão, em uma pequena cidade dos Estados Unidos chamada “Dogville”, situada no fim de uma estrada que vai até as montanhas rochosas. GRACE (graça em inglês), uma bela e desconhecida jovem, aparece no lugar ao tentar fugir de gângsters. Com o apoio de Tom Edison, o auto designado porta-voz da comunidade, Grace é escondida pela pequena cidade e, em troca, trabalhará para seus moradores. Após um período de testes, Grace é aprovada por unanimidade, mas quando a procura por ela se intensifica, os moradores exigem algo a mais em troca do risco de escondê-la. É quando ela descobre de modo duro que nesta cidade a bondade é algo bem relativo, pois Dogville começa a mostrar seus dentes.
Dizer que a peça trata a MALDADE e a VINGANÇA é uma simplificação para tamanha riqueza do ponto de vista das diversas ideias discutidas na dramaturgia. Lars Von Trier, autor e diretor da obra (primeiramente um filme lançado em 2003), coloca os personagens num mesmo palco, com uma cenografia reduzida, ampliando o significado de cada elemento. Afinal, tudo em Dogville é limitado: dos pertences pessoais aos conceitos retrógrados de seus moradores. O altruísmo dos habitantes tem mais a ver com a criação egóica de uma boa autoimagem do que propriamente atender à necessidade de acolhimento de Grace.
A riqueza da dramaturgia e o poder do seu elenco (um coletivo), fazem desta experiência, um jogo cênico potente e de grande catarse. Tudo é dito, mas pouco é visto. O espectador precisa estar atento para capturar toda as camadas de uma atmosfera árida da obra e as cenas cortantes que vão se construindo diante de seus olhos. Os moradores de Dogville tornam-se o fruto mais perigoso das teorias de gabinete: pessoas que “amam a humanidade, mas detestam seu semelhante”. E assim, cada um revela seus instintos mais cruéis, sem jamais abdicar do verniz da justiça.
Em Dogville, ninguém têm horizonte e os sonhos são sufocados pela realidade. O que se descortina diante do público são as paredes pretas de um palco num teatro que não oferece nenhuma perspectiva ou fuga possível: quem entra dificilmente sai (uma metáfora poética da arte na vida de quem se arrisca viver dela).
Mas para Lars Von Trier, esse conceito tem mais a ver com sua visão crítica e feroz da sociedade americana, que vive enclausurada em seu mundo particular, alheia às carências de um mundo que sempre está lá fora, inescrutável. Extrapolando um pouco o que efetivamente está na obra, é possível fazer uma pergunta retórica: os atentados às torres do World Trade Center em 2001 não guardariam relação com tudo isso?
A peça em contada em 10 capítulos:
Prólogo – No qual se apresentam a cidade e seus moradores.
Capítulo 01 – Tom ouve tiros e conhece Grace.
Capítulo 02 – Grace segue o plano de Tom e parte para o trabalho braçal.
Capítulo 03 – Grace se permite uma provocação ácida.
Capítulo 04 – Dias felizes em Dogville.
Capítulo 05 – Até que enfim, 4 de julho.
Capítulo 06 – Dogville mostra as garras.
Capítulo 07 – Grace finalmente se cansa de Dogville, deixa a cidade e volta a ver a luz do dia.
Capítulo 08 – há uma reunião onde a verdade é dita e Tom vai embora (mas volta depois).
Capítulo 09 – No qual Dogville recebe a tão esperada visita e a peça termina.
Curtíssima temporada, não perca!
Dias 10, 11 e 12 de dezembro, sexta e sábado às 21h e domingo às 19h00.
Teatro Nair Bello – Rua Frei Caneca, 569 – 3º Piso
ADQUIRA SEU INGRESSO PARA A TRANSMISSÃO AO VIVO DO DIA 10/12.
ADQUIRA SEU INGRESSO PARA AS SESSÕES PRESENCIAIS DOS DIAS 11 E 12/12
ELENCO:
Alexandre Vicenzo – THOMAS EDISON PAI
Amanda Sarti – VERA
Caio Magaldi – JACK MCKAY
Carla Costa – GRACE
Celso Menezes – SR. HENSON
DougllasAyram – BEN
Flavia Coletti – MA GINGER
Gabriel Rezende – BILL HENSON
Kaue Pereira – NARRADOR
Larissa Danielle – MARTHA
Louise Veronica – LIZ HENSON
Madson Pimentel – EDWARD
Manu Picanço – KATHY O. BRIEN
Maria Andrade – MADAME
Mari Siegl – CLAIRE
Renan Monteiro – CHUCK
Renan Villas – TOM
Tayrini Lenart – GLÓRIA
Taywan Rocha – JAN
Tom Hernandes – JASON
Yasmim Bettinassi – SRA. HENSON
Victor Lazzari – POLICIAL
Sesshy – POLICIAL
Dan Rosseto – CHEFÃO
Ficha Técnica:
Autor: Lars Von Trier | Direção e Adaptação: Dan Rosseto | Preparação Corporal: André Capuano | Preparação Vocal: Adriana Pires | Iluminação e operação de luz: Beto Martins | Assistente de Iluminação: Daniela Garcia | Figurino: Carla Costa | Assistentes de Direção: Manuela Casado, Victor Lazzari, Vitor Marini e Sesshy | Equipe de Transmissão: André Breternitz, Daniel Lopes, Gabriela Zago, Vinicius Araujo e Willian Ruiz. | Produção Executiva: Rodrigo Trevisan | Marketing: Caio Bigliazzi e Milena Moura | Designer Gráfico: Felipe Barros | Coordenação Pedagógica: Josemir Kowalick | Coordenação Geral: Hudson Glauber.
ESPERAMOS POR VOCÊ!
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