Algumas peças de teatro fazem tanto sucesso nos palcos, que acabam por serem escolhidas para continuar encantando o público, mas, desta vez, em outro lugar: no cinema. E, talvez, você nem imagine que um daqueles filmes que você já assistiu, na verdade, é uma peça teatral adaptada para as telonas. Mas não tem problema! Preparamos uma lista com alguns exemplos de filmes nacionais cujas historias vieram diretamente dos palcos. Confira:
Os Homens São de Marte… E é pra lá que eu vou! (2014)
A peça foi criada e estrelada em 2005, pela atriz Mônica Martelli, que se baseou nos fatos mais improváveis de sua vida de solteira para dar vida a Fernanda, uma mulher de trinta e poucos anos, que se envolvia com diversos tipos de homens a fim de encontrar a tão esperada alma gêmea. Mônica ficou em cartaz com a peça durante 12 anos e, em 2014, o texto ganhou a sua versão para os cinemas. O filme foi dirigido por Marcus Baldini e também foi protagonizado por Mônica Martelli, desta vez acompanhada de Paulo Gustavo e Daniele Valente. Assista ao trailer do filme clicando AQUI.
Confissões de Adolescente (2014)
A peça foi inspirada nos diários escritos por Maria Mariana, que, ao lado de Carol Machado, Ingrid Guimarães e Patrícia Perrone, estrelou nos palcos em 1992. Nos anos 90, a história virou série de TV e só em 2014 foi parar nas telonas, sob a direção de Daniel Filho, desta vez com Sophia Abrahão, Isabella Camero, Malu Rodrigues e Clara Tiezzi nos papéis principais. Na trama, acompanhamos a vida de quatro adolescentes que tentam ajudar o pai, que passa por dificuldades financeiras, ao mesmo tempo que lidam com os problemas típicos da idade. Assista ao trailer do filme clicando AQUI.
Minha Mãe é uma Peça (2013, 2016, 2019)
A peça, criada e estrelada pelo ator Paulo Gustavo, que levou milhões de espectadores aos teatros, virou filme em 2013, sob a direção de André Pellenz. A peça e o filme contam a história hilária de Dona Hermínia, uma mulher de meia idade, divorciada do marido, que se dedica a cuidar dos filhos, Marcelina e Juliano. Após ouvir um comentário maldoso da filha, ela decide abandonar todos e tirar férias da vida de dona de casa na casa de sua tia Zélia. Mais dois filmes foram lançados posteriormente: “Minha Mãe é Uma Peça 2”, em 2016 e “Minha Mãe é Uma Peça 3”, em 2019. Assista ao trailer do primeiro filme clicando AQUI.
Trair e Coçar é só Começar (2006)
O filme, produzido por Diler Trindade, foi baseado na peça teatral de Marcos Caruso, que vem sendo encenada desde 1986. O texto conta as aventuras de Olímpia, uma empregada doméstica confusa e intrometida. No cinema, Olímpia é vivida por Adriana Esteves. A empregada trabalha em um condomínio de classe média alta, seus patrões são Inês e Eduardo, que estão prestes a completar 15 anos de casados. Sabendo disso Olímpia e Inês preparam uma surpresa a Eduardo, que está retornando de um congresso em Brasília. Adriana divide cena com Bianca Byington e Cássio Gabus Mendes. Assista ao trailer do filme clicando AQUI.
A Dona da História (2004)
Em 2004, Daniel Filho, João Emanuel Carneiro e Tatiana Maciel adaptaram o texto da peça teatral de João Falcão para o cinema. Na trama acompanhamos a história de Carolina, que passa por uma crise pessoal aos 55 anos de idade. O casamento não vai bem, alguns sonhos da juventude não se realizaram e ela amarga o fato de não ter experimentado tudo o que gostaria na vida. Revisitando seu passado, na década de 1960, Carolina relembra a jovem estudante que se encantou pelo militante de esquerda Luís Cláudio. A paixão fulminante terminou em um pedido de casamento, vieram os quatro filhos e o fantasma da rotina. O filme foi estrelado por Marieta Severo, Débora Falabella, Antonio Fagundes e Rodrigo Santoro e dirigido por Daniel Filho. Assista ao trailer do filme clicando AQUI.
Lisbela e o Prisioneiro (2003)
Baseando-se no texto de Osman Lins, de 1961, Guel Arraes dirigiu o filme de 2003. Na história conhecemos Lisbela, que está noiva e de casamento marcado quando Leléu chega à cidade. O casal se encanta e passa a viver uma história cheia de confusões e personagens tirados do cenário nordestino. Lisbela e Leléu vão sofrer pressões da família, do meio social e também com as suas próprias dúvidas e hesitações. Mas, em uma reviravolta final, cheia de bravura e humor, eles seguem seus destinos. O filme foi estrelado por Selton Mello e Débora Falabella, e conta com Marco Nanini, Virginia Cavendish, André Mattos, Tadeu Mello, Bruno Garcia, Heloísa Périssé e Paula Lavigne. Assista ao trailer do filme clicando AQUI.
A Partilha (2001)
A peça foi escrita e dirigida por Miguel Falabella em 1991, e ficou em cartaz por seis anos com as atrizes Natalia do Vale, Arlete Salles, Susana Vieira e Thereza Piffer. A história mostra o reencontro de quatro irmãs durante o enterro da mãe, que se unem para discutir a divisão de bens da família e rever suas próprias vidas e relações fraternais. Em 2001, o diretor Daniel Filho levou o texto de Falabella para os cinemas e foi a vez de Glória Pires, Andréa Beltrão, Paloma Duarte e Lília Cabral darem vida às personagens Selma, Regina, Lúcia e Laura. Assista ao trailer do filme clicando AQUI.
Auto da Compadecida (1969, 1987, 1999, 2000)
A peça foi escrita por Ariano Suassuna em 1955 e se tornou um marco da cultura brasileira. Na história conhecemos João Grilo e Chicó, dois nordestinos pobres que vivem de golpes para sobreviver. Eles estão sempre enganando o povo de um pequeno vilarejo no sertão da Paraíba, inclusive o temido cangaceiro Severino de Aracaju, que os persegue pela região e somente a aparição da Nossa Senhora poderá salvar a dupla. A peça foi adaptada para o audiovisual quatro vezes: a primeira veio em 1969 com o filme “A Compadecida“, com direção de George Jonas e roteiro do próprio Ariano Suassuna; a segunda foi “Os Trapalhões no Auto da Compadecida”, de 1987 com direção de Roberto Farias; Em 1999 a peça foi adaptada para a mini-série homônima na Rede Globo, e no ano seguinte ganhou a sua adaptação mais famosa, desta vez para o cinema, com o filme “O Auto da Compadecida” estrelado por Selton Mello e Matheus Nachtergaele. Assista o trailer de “O Auto da Compadecida” clicando AQUI.
Bonitinha, Mas Ordinária (1963, 1981 e 2013)
A peça de Nelson Rodrigues ganhou três versões para o cinema. A primeira surgiu em 1963, com direção de J.P. Carvalho e roteiro de Jece Valadão – que também foi o protagonista do filme, interpretando Edgar. A segunda versão veio em 1981, estrelada por Lucélia Santos, José Wilker e Vera Fischer, sob a direção de Braz Chediak. Já a terceira e última adaptação aconteceu em 2008 e só foi lançada cinco anos depois. O filme foi dirigido por Moacyr Góes e protagonizado por João Miguel, Leandra Leal e Letícia Colin. Na história acompanhamos Heitor Wernek, Maria Cecília e Edgar, numa trama que envolve relações afetuosas e dinheiro. Assista ao trailer do filme clicando AQUI.
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